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🩸 Um estudo recente publicado na revista científica Blood revelou que a doação frequente de sangue pode melhorar a saúde genética do organismo e fortalecer a produção de células sanguíneas ao longo do tempo — um efeito que pode reduzir os riscos de alterações celulares associadas ao desenvolvimento de cânceres hematológicos.
A pesquisa foi conduzida por uma equipe internacional de cientistas no Francis Crick Institute, no Reino Unido, e acompanhou mais de 400 homens ao longo de sua vida de doação.
A análise comparou 217 homens que doaram sangue mais de 100 vezes com 212 que doaram menos de 10 vezes. O foco estava nas células-tronco hematopoéticas, responsáveis pela renovação das células do sangue. Com o envelhecimento, essas células podem sofrer mutações que aumentam o risco de doenças como leucemia.
No entanto, o estudo descobriu que, entre os doadores frequentes, havia maior incidência de uma mutação considerada protetora e benéfica no gene DNMT3A. Essa mutação ajuda as células a se regenerarem com mais eficiência, principalmente sob estímulo de eritropoietina, um hormônio liberado quando o corpo perde sangue — como acontece durante uma doação.
“Nosso trabalho é um exemplo fascinante de como nossos genes interagem com o ambiente ao longo da vida”, destaca Dominique Bonnet, biólogo do Francis Crick Institute.
Com o passar dos anos, o funcionamento das células-tronco do sangue pode se tornar menos eficiente. Isso favorece o surgimento de mutações indesejadas, que estão na origem de vários tipos de câncer hematológico.
No entanto, o estímulo constante da produção sanguínea após cada doação ajuda o corpo a manter um ciclo saudável de regeneração — especialmente em pessoas com a mutação benéfica no DNMT3A. Em laboratório, essas células demonstraram uma capacidade superior de responder à demanda e reduzir o acúmulo de mutações prejudiciais.
Durante o Junho Vermelho, a RQuaino Consultoria convida você a olhar para a doação de sangue sob uma nova perspectiva: como uma ação que salva vidas e preserva a sua saúde genética.
Incluir esse hábito na rotina pode ser um passo concreto para contribuir com o bem coletivo e ajudar seu próprio corpo a envelhecer com mais proteção contra doenças graves, como a leucemia.
Karpova D., Huerga Encabo H. Dr., Donato E., et al. (2025). Clonal Hematopoiesis Landscape in Frequent Blood Donors. Blood, 11 Mar 2025. doi:10.1182/blood.2024027999 thesun.co.uk+11b-s-h.org.uk+11news-medical.net+11.